O LinkedIn deixou de ser apenas uma rede de conexões profissionais para se tornar o principal palco de posicionamento institucional e construção de autoridade para escritórios de advocacia. A plataforma mudou as regras do jogo. O novo algoritmo privilegia autenticidade, engajamento real e produção de conteúdo que ofereça valor, e não apenas autopromoção.
A queda do alcance das páginas institucionais
Um dos impactos mais significativos das mudanças é a drástica redução do alcance orgânico das páginas de empresas e escritórios. O conteúdo dessas páginas aparece em menos de 1% dos feeds dos usuários. Isso significa que a visibilidade das bancas agora depende, principalmente, da atuação individual dos sócios e advogados, que precisam se posicionar como opiniões relevantes em suas áreas e setores de atuação.
Os escritórios que entenderem essa lógica e incentivarem seus advogados a produzir e compartilhar conteúdo autoral terão um alcance exponencialmente maior. O algoritmo do LinkedIn valoriza pessoas, não marcas, e essa mudança exige uma revisão de estratégia que envolva gestão de presença e construção de reputação digital, temas que abordamos no artigo “O futuro do marketing jurídico“.
Conteúdos centrados no cliente
O modelo atual prioriza postagens que falam diretamente com o público, e não sobre o escritório. Publicações que utilizam linguagem centrada no leitor tendem a alcançar mais pessoas e gerar engajamento qualificado.
Em vez de divulgar apenas prêmios ou reconhecimentos, o ideal é produzir conteúdos que solucionem dúvidas práticas, expliquem mudanças jurídicas ou orientem decisões estratégicas. Isso demonstra expertise de forma natural e fortalece a confiança do público, um ponto que também exploramos no artigo “Como construir confiança no marketing digital jurídico“.
Engajamento é o novo ativo
Comentários se tornaram o principal sinal de engajamento do algoritmo. Reações e curtidas importam menos do que conversas genuínas. O LinkedIn recompensa conteúdos que estimulam diálogo e troca de ideias.
Por isso, advogados devem responder aos comentários em seus próprios posts, participar de discussões de pares e usar o espaço para construir pontes com outros profissionais. Essa interação demonstra interesse real e amplia o alcance de maneira orgânica.
A importância dos conteúdos perenes e visuais
Outra tendência importante é a valorização de conteúdos perenes, análises ou artigos que mantêm relevância por longos períodos. Postagens assim podem ser reaproveitadas estrategicamente, mantendo o escritório presente nos feeds sem parecer repetitivo.
Além disso, o LinkedIn passou a priorizar conteúdos visuais, como vídeos curtos e imagens institucionais bem produzidas. Essas peças ajudam a humanizar a marca, prender a atenção e traduzir temas complexos de forma acessível, estratégia já abordada em “Inbound e Outbound Marketing para escritórios”.
O que muda para os escritórios
As mudanças reforçam uma mensagem clara: autoridade digital não se constrói com autopromoção, mas com consistência, relevância e diálogo. Os escritórios que adaptarem suas estratégias para esse novo cenário, priorizando advogados como porta-vozes, investindo em conteúdos centrados no cliente e incentivando interações genuínas, estarão à frente na disputa pela atenção e pela credibilidade.
O algoritmo do LinkedIn mudou, mas, no fim, o que ele realmente quer é o que sempre foi mais valioso no Direito: autenticidade, coerência e confiança.




